Mercadante diz que 25 empresas pediram desoneração para tablets

14/08/2011 09:05

Quatro fabricantes estão em vias de obter a permissão, diz ministro. Desoneração para produção de tablets no Brasil pode chegar a 31%.

 

Tablet Xoom, da Motorola, chega ao Brasil (Foto: Divulgação)Segundo ministro, 25 empresas, como Motorola, estão
interessadas em produzir no Brasil 

O governo já recebeu o pedido de 25 empresas interessadas em usufruir da desoneração de IPI, PIS/Cofins e Imposto de Importação para a construção de tablets no Brasil. As companhias têm que obter licenciamento depois de comprovar que os projetos para o país preveem índices mínimos de conteúdo local.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que cinco empresas já tiveram o licenciamento publicado e outras quatro estão em vias de obter a permissão, que garante uma desoneração que pode chegar a 31%. Em relação às demais companhias, o ministro afirmou que o licenciamento é rápido, desde que as empresas comprovem o conteúdo local mínimo de 20% no primeiro ano e 80% em três anos.

Entre as 25 empresas interessadas, Mercadante lembrou de Motorola, Samsung, Apple, Positivo, Semp Toshiba e Itautec. O ministro acredita que a desoneração já terá efeitos nos preços dos tablets no Natal deste ano.

"Acho que vamos ter um Natal com muitas opções e alternativas de qualidade, preço e formato. A concorrência é o melhor caminho para o consumidor usufruir", disse Mercadante, que não quis prever o quanto o preço dos tablets poderão cair. "O mercado que vai estabelecer quanto o preço vai cair. O economista passa metade do tempo prevendo e metade do tempo explicando porque errou a previsão. Esse erro eu não posso cometer", brincou o ministro, depois de tomar posse como conselheiro da Financiador de Estudos e Projetos (Finep), no Rio de Janeiro.

Regiões
Segundo o ministro, não há regiões específicas onde as empresas poderão se instalar e cada companhia escolherá o melhor local para instalação dos respectivos projetos, mas adiantou que a expectativa é de que as unidades brasileiras consigam mercados fora do país.


O ministro disse ainda que o trabalho para garantir conteúdo local e produção nacional não se limitará aos tablets. O objetivo é "adensar a cadeia produtiva", levando o modelo para a produção de celulares e TVs."Nossa avaliação é que algumas linhas de produção certamente vão disputar o Mercosul e a América do Sul. Depende da competitividade que nós assegurarmos", ressaltou, lembrando que o Estado vai atuar como garantidor de demanda via poder de compra, como no fornecimento de tablets para escolas. "São 69 milhões de alunos que eu espero que tenham tablet", acrescentou.

"Temos que desenvolver a área de recursos humanos, que não temos. Paralelamente negociamos na área de semicondutores novas medidas, que vão ser lançadas, de fomento à indústria de semicondutores", afirmou.