Mercadante diz que 25 empresas pediram desoneração para tablets
O governo já recebeu o pedido de 25 empresas interessadas em usufruir da desoneração de IPI, PIS/Cofins e Imposto de Importação para a construção de tablets no Brasil. As companhias têm que obter licenciamento depois de comprovar que os projetos para o país preveem índices mínimos de conteúdo local. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que cinco empresas já tiveram o licenciamento publicado e outras quatro estão em vias de obter a permissão, que garante uma desoneração que pode chegar a 31%. Em relação às demais companhias, o ministro afirmou que o licenciamento é rápido, desde que as empresas comprovem o conteúdo local mínimo de 20% no primeiro ano e 80% em três anos. Entre as 25 empresas interessadas, Mercadante lembrou de Motorola, Samsung, Apple, Positivo, Semp Toshiba e Itautec. O ministro acredita que a desoneração já terá efeitos nos preços dos tablets no Natal deste ano. "Acho que vamos ter um Natal com muitas opções e alternativas de qualidade, preço e formato. A concorrência é o melhor caminho para o consumidor usufruir", disse Mercadante, que não quis prever o quanto o preço dos tablets poderão cair. "O mercado que vai estabelecer quanto o preço vai cair. O economista passa metade do tempo prevendo e metade do tempo explicando porque errou a previsão. Esse erro eu não posso cometer", brincou o ministro, depois de tomar posse como conselheiro da Financiador de Estudos e Projetos (Finep), no Rio de Janeiro. Regiões "Temos que desenvolver a área de recursos humanos, que não temos. Paralelamente negociamos na área de semicondutores novas medidas, que vão ser lançadas, de fomento à indústria de semicondutores", afirmou.Quatro fabricantes estão em vias de obter a permissão, diz ministro. Desoneração para produção de tablets no Brasil pode chegar a 31%.
Segundo ministro, 25 empresas, como Motorola, estão
interessadas em produzir no Brasil
Segundo o ministro, não há regiões específicas onde as empresas poderão se instalar e cada companhia escolherá o melhor local para instalação dos respectivos projetos, mas adiantou que a expectativa é de que as unidades brasileiras consigam mercados fora do país.
O ministro disse ainda que o trabalho para garantir conteúdo local e produção nacional não se limitará aos tablets. O objetivo é "adensar a cadeia produtiva", levando o modelo para a produção de celulares e TVs."Nossa avaliação é que algumas linhas de produção certamente vão disputar o Mercosul e a América do Sul. Depende da competitividade que nós assegurarmos", ressaltou, lembrando que o Estado vai atuar como garantidor de demanda via poder de compra, como no fornecimento de tablets para escolas. "São 69 milhões de alunos que eu espero que tenham tablet", acrescentou.