Twitter planeja ampliar publicidade no site, segundo CEO
O Twitter estaria preparando um aumento das áreas publicitarias de seu site, mas o trabalho estaria sendo feito com calma, sem a pressa de fazer a abertura de suas ações no mercado (IPO, na sigla em inglês). "Queremos poder continuar independentes, fazer o negócio crescer da forma que desejamos, sem estarmos amarrados aos mercados até que queiramos estar", afirmou o CEO do microblog, Dick Costolo, em uma coletiva de imprensa em São Francisco, na sede da empresa.
A rede social, que levantou US$ 400 milhões em venture capital no meio do ano, está tomando medidas para aumentar a renda a partir de publicidade, afirmou Costolo. A companhia começou a mostrar anúncios em partes específicas do site ainda em 2010, tomando o cuidado de não invadir o espaço dos usuários. E, segundo o CEO da companhia, os resultados e mesmo a interação dos usuários com as propagandas superaram as expectativas. "Agora, baseados nas taxas de engajamento que temos, estamos prontos para levar isso um passo adiante", comentou.
Para atrair anunciantes, o Twitter deve começar a permitir que os "tweets patrocinados" (promoted tweets, em inglês), sua atual forma de publicidades, sejam exibidos a um número maior de usuários. Atualmente, as mensagens pagas só são vistas por quem segue as companhias anunciantes, enquanto que o novo formato fará os posts comprados aparecerem até para os usuários que não seguem as empresas em questão. O tempo que a ampliação vai levar não foi revelado.
Quanto à expandir também sua outra fonte de renda, isto é, a venda de seus dados para outras empresas - como Microsoft -, Costolo disse que não há planos. "Acreditamos que a publicidade é a única forma de receita que precisamos ter para nos mantermos um negócio grande e independente", afirmo o CEO do microblog.
Sobre o Google+, visto por alguns como uma ameaça a outras redes, como Twitter e Facebook, Costolo afirmou que a rede do gigante de buscas atrairá milhões de usuários, graças à integração íntima com outros serviços Google. Mas contrapôs que entende o Plus e o microblog como produtos diferentes, com focos distintos.