TV 3D sem óculos finalmente começa a ser um sonho realizável
Foi o que fez a Toshiba, a empresa que mais aposta no formato. Desde a CES deste ano Aceleramos a imagem e chegamos à IFA, em Berlim, mais exatamente na tarde de ontem. A feira estava movimentada, mas o galpão da Toshiba estava mais cheio do que o normal. Um espaço era demarcado com divisores de fila típicos de bancos, e uma multidão aguardava os passos lentos. Tudo para conhecer a ZL2, o grandioso passo da Toshiba na tentativa de popularizar a tecnologia. Mas, se a o 3D vai mesmo dominar todas as salas, o novo formato da TV 3D sem óculos arruma alguns problemas comuns do formato (além de eliminar o maldito óculos, claro): você ainda precisa ficar em uma posição específica, de frente para a tela, mas o nível de aceitação de deslocamento aumentou. Eu pude mover a cabeça para o lado por cerca de alguns centímetros e não perdi o efeito. Para completar, quando você exagera e sai da linha, a imagem não aparece embaralhada; ela fica apenas levemente embaçada, o que incomoda menos. É fácil encontrar um ponto para ficar fixado na imagem, e a maior liberdade de movimentos colabora. E, após 15 minutos de exibição, meus olhos não sentiam cansaço algum e eu posso dizer que assistiria a mais uma hora de conteúdo sem sofrimento. Chega de náuseas e tontura após um filme do Michael Bay. O problema da tecnologia 3D sem óculos é que ela ainda é uma novidade fresquinha. E você se lembra quanto custava os primeiros televisores 3D, não? A ZL2 chega até o fim do ano na Europa por 9 mil euros. Além do preço alto, a tecnologia precisa evoluir com pressa, já que o 3D ativo já está em sua terceira geração. Mas, honestamente, esperamos que a Toshiba suscite a curiosidade de outras fabricantes no formato — apenas LG e Philips exibiram televisores 3D glassless, mas de forma bem tímida. Poder ter o 3D sem utilizar óculos, gastar dinheiro com eles e ainda ganhar uma película de escuridão ao ver os filmes? Eu aceito.