HP quer demitir seu CEO
Notícia de hoje da Bloomberg informa
O conselho da HP sabia disso quando o contratou. E isso foi essencialmente o que eles receberam em troca: o debate do TouchPad assassinou uma plataforma que Apotheker herdou e um mercado que não o deixava muito à vontade. Por isso também a mudança na divisão de PCs. E a compra da Autonomy (mesmo com a HP pagando mais do que a empresa vale) é a chance da companhia de utilizar direito as expertises de Apotheker e reconstruir a marca, criando uma gigantesca máquina de software empresarial. Se alguma das escolhas dessa estratégia estão certas ou erradas, tudo isso é muito discutível. E a execução sem dúvida foi muito desajeitada. Mas eu acho difícil imaginar que o conselho da HP não sabia o que estava por vir.
O que eles pensaram que ia acontecer? Eles trouxeram um cara com habilidades únicas e qualificadas para transformar a HP em uma empresa quase irreconhecível se comparada ao cenário atual. E se eles consideram que Apotheker foi uma escolha ruim, bem, adicione-o à longa lista de contratações ruins da HP. E talvez seja hora de olhar para as pessoas que assinam os contratos com os CEOs. Ou seja, eles mesmos.
E assim chegamos ao cenário atual: enquanto as transformações dramáticas de Apotheker na HP possam ter sido para pior, ele é também (ironicamente?) a pessoa mais qualificada para comandar o que restou. Por que não dar a ele a chance de provar que ele sabia o que estava fazendo? Quem será mais capaz de azeitar cada gota de sinergia da Autonomy? O nome de Meg Whitman surge como um possível sucessor, mas ela está desconectada da HP atual do mesmo jeito que Apotheker estava quando assumiu.
Conselho da HP, dê uma chance ao cara. Ninguém colocará a HP nos trilhos, ou pelo menos não da forma que vocês querem. Então talvez seja melhor ficar com o cara que saiba fazer o melhor omelete.