Mais de 500 empresas pediram autorização para oferecer TV a cabo

15/09/2011 06:15

Mais de 500 empresas de porte regional já têm pedidos na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para prestar serviços de TV a cabo no Brasil. A informação é do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, segundo o qual a agência contabiliza mais de 800 pedidos do tipo, já que as empresas podem fazer mais de uma solicitação.

"Além de Telefônica, Oi, GVT e grandes empresas que estão nesse mercado e vão entrar, há 500 empresas com pedido na Anatel para fazer cabeamento e serviço (de TV)", disse o ministro. "Tem gente do Nordeste, Ceará, Maranhão, dizendo que quer crescer e tem muito mercado. Será um impulso muito grande", adicionou.

Para Paulo Bernardo, "esse é um momento extremamente positivo para o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil". "Há poucos países onde há um mercado com possibilidade de crescimento [como o Brasil]", disse Bernardo, que participou de evento no Rio de Janeiro.

Na segunda-feira (12), a presidente Dilma Rousseff sancionou o PL 116, que regulamenta o setor de TV por assinatura e permite a entrada de novas empresas nesse mercado.

Para Paulo Bernardo, o PL 116 vai beneficiar a produção nacional de conteúdo para a televisão, já que "ao menos 30% da programação vai ter que ser produzida no Brasil". A expansão do mercado de TV a cabo deve beneficiar ainda a indústria nacional de televisores, segundo o ministro. Nos últimos 12 meses, o Brasil somou 2,6 milhões de novas assinaturas de TV fechada.

Qualidade
Além do segmento de TV a cabo, o ministro reforçou as preocupações do governo em relação à qualidade de serviços de telefonia e internet oferecidos no país. "O governo e a Anatel vão fazer mudanças regulatórias no setor em benefício do usuário", disse Bernardo.

Em outubro, o governo pretende, por meio da Anatel, instituir uma nova regulamentação para a internet fixa e móvel no país para melhorar a qualidade de serviço e dar mais transparência aos contratos das empresas com os consumidores.

"Hoje, você contrata a internet com 5 megabits (por segundo) e as empresas entregam só 10% disso. O regulamento vai ser diferente para fixa e móvel, e as exigências serão maiores nas redes fixas. Queremos que as empresas invistam em fibra ótica", disse o ministro ao afirmar que a nova regulamentação entrará em vigor em janeiro.

"As empresas estão reclamando porque terão que fazer mais investimentos, mas na hora da redução fiscal, ninguém reclama. Queremos ter a partir de 1º de janeiro um novo patamar de internet no Brasil", completou.