Mais de 500 empresas pediram autorização para oferecer TV a cabo
Mais de 500 empresas de porte regional já têm pedidos na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para prestar serviços de TV a cabo no Brasil. A informação é do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, segundo o qual a agência contabiliza mais de 800 pedidos do tipo, já que as empresas podem fazer mais de uma solicitação. "Além de Telefônica, Oi, GVT e grandes empresas que estão nesse mercado e vão entrar, há 500 empresas com pedido na Anatel para fazer cabeamento e serviço (de TV)", disse o ministro. "Tem gente do Nordeste, Ceará, Maranhão, dizendo que quer crescer e tem muito mercado. Será um impulso muito grande", adicionou. Na segunda-feira (12), a presidente Dilma Rousseff sancionou o PL 116, que regulamenta o setor de TV por assinatura e permite a entrada de novas empresas nesse mercado. Para Paulo Bernardo, o PL 116 vai beneficiar a produção nacional de conteúdo para a televisão, já que "ao menos 30% da programação vai ter que ser produzida no Brasil". A expansão do mercado de TV a cabo deve beneficiar ainda a indústria nacional de televisores, segundo o ministro. Nos últimos 12 meses, o Brasil somou 2,6 milhões de novas assinaturas de TV fechada. Qualidade Em outubro, o governo pretende, por meio da Anatel, instituir uma nova regulamentação para a internet fixa e móvel no país para melhorar a qualidade de serviço e dar mais transparência aos contratos das empresas com os consumidores. "Hoje, você contrata a internet com 5 megabits (por segundo) e as empresas entregam só 10% disso. O regulamento vai ser diferente para fixa e móvel, e as exigências serão maiores nas redes fixas. Queremos que as empresas invistam em fibra ótica", disse o ministro ao afirmar que a nova regulamentação entrará em vigor em janeiro.
Além do segmento de TV a cabo, o ministro reforçou as preocupações do governo em relação à qualidade de serviços de telefonia e internet oferecidos no país. "O governo e a Anatel vão fazer mudanças regulatórias no setor em benefício do usuário", disse Bernardo.
"As empresas estão reclamando porque terão que fazer mais investimentos, mas na hora da redução fiscal, ninguém reclama. Queremos ter a partir de 1º de janeiro um novo patamar de internet no Brasil", completou.