Executivos deixam Olympus antes de acareação com ex-presidente

26/11/2011 17:41

Três executivos da Olympus renunciaram aos cargos nesta quinta-feira antes de uma acareação interna com o ex-presidente-executivo Michael Woodford, após o britânico ter dito que não se surpreenderia se "alguns criminosos" estivessem envolvidos no escândalo que atingiu a companhia.

A fabricante de câmeras e endoscópios admitiu neste mês que ocultou perdas em investimentos por duas décadas, culpando o ex-presidente e ex-presidente do conselho Tsuyoshi Kikukawa, o ex-vice-presidente Hisashi Mori e o auditor interno Hideo Yamada pela omissão.

O destino do dinheiro continua desconhecido, e as especulações dão conta de que o crime organizado estaria envolvido de alguma forma. Kikukawa, que renunciou como presidente e presidente do conselho em 26 de outubro, e Mori, que foi demitido, apresentaram a renúncia ao conselho e tiveram aceitação imediata, assim como Yamada, que ia às reuniões de conselho mas não tinha direito a voto, afirmou a Olympus em comunicado.

O novo presidente, Shuichi Takayama, disse em nota separada que os atuais gestores estavam prontos para deixar os respectivos cargos assim que "o caminho para a Olympus renascer estiver aberto". Woodford, que mais cedo se reuniu com a polícia japonesa, procuradores e reguladores em Tóquio, mostrou-se confiante de que as autoridades investigarão a fundo o escândalo.

A companhia demitiu Woodford em 14 de outubro sob alegação de que ele não havia entendido o estilo de gestão da empresa e a cultura japonesa. O britânico, que entrou em 1980 na Olympus, disse ter sido demitido por questionar o pagamento de US$ 687 milhões em serviços de consultoria em fusões e aquisições a duas empresas desconhecidas que ajudaram na compra da fabricante britânica de equipamentos médicos Gyrus, por US$ 2 bilhões.