
Os uruguaios estão mais aliviados pela isenção do “IPI 30%” para carros montados no país e exportados para o Brasil.
No entanto, do outro lado da fronteira, ainda não se conhece os detalhes do acordo entre os dois países. Uma das dúvidas é se o acordo vislumbra apenas produtos feitos pela Chery, Lifan e Kia.
Caso contrário, uma nova onda de investimentos automotivos no Uruguai deverá ser verificada. Mesmo assim, a isenção dos uruguaios não foi festejada totalmente por todos.
A Effa Motors recebeu a notícia com “otimismo cauteloso”. O motivo – além do desconhecimento das regras do novo acordo – é a investigação sobre origem de peças que impediu a exportação de carros da Lifan para o Brasil.
A lei do Mercosul determina que pelo menos 35% dos componentes em um processo CKD sejam feitos na região. A Effa-Lifan tenta provar que seus carros atendem a essa determinação.
Segundo a empresa, de junho a setembro ela foi impedida de exportar, e com isso os estoques aumentaram, forçando a paralisação da fábrica.
Sem uma resolução final sobre a investigação, a retomada da produção será “difícil”, de acordo com Effa Motors. A empresa fez um acordo com o governo uruguaio e sindicato para estender férias coletivas dos 400 empregados.