China anuncia apoio a quatro instituições financeiras do país

11/10/2011 11:12

O governo de Pequim anunciou nesta segunda-feira (11) que injetou capital nos quatro maiores bancos chineses, que emprestaram volumes recordes nos últimos dois anos e agora enfrentam o risco de aumento dos créditos podres em seus balanços. Os recursos foram transferidos às instituições financeiras por meio de compra de suas ações no mercado secundário pela Central Huijin Investment, o fundo soberano do país que atua no mercado doméstico.

Nesta terça, as bolsas asiáticas fecharam em alta. O Nikkei 225, de Tóquio, subiu 1,95%, para 8.773,68 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,43%, somando 18.141,59 pontos. Em Sydney, o S&P/ASX 200 teve elevação de 0,63%, alcançando 4.227,60 pontos. O Kospi, de Seul, apresentou valorização de 1,62%, para 1.795,02 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, verificou alta de 0,16%, aos 2.348,52 pontos.

A última vez em que o fundo realizou operação semelhante foi em setembro de 2008, logo depois que a quebra do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global. Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, a injeção de capital tem o objetivo de "apoiar a estável operação e desenvolvimento das principais instituições financeiras e estabilizar o preço de suas ações". O governo não revelou o valor do socorro aos bancos.

O anúncio foi realizado depois de a Bolsa de Xangai fechar no mais baixo patamar em 30 meses, influenciada em grande parte pela má performance das quatro grandes instituições estatais beneficiadas pela medida -Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), Bank of China, China Construction Bank e Agricultural Bank of China.

O mercado de Hong Kong ainda estava em operação e reagiu com a compra de ações das quatro empresas, cujas cotações subiram rapidamente nos últimos minutos do pregão.

O aumento dos empréstimos concedidos pelos bancos chineses foi o principal combustível para a explosão de investimentos que garantiu crescimento de 9,2% e 10,4% em 2009 e 2010, respectivamente, em meio à estagnação dos países ricos.