Após aftosa no Paraguai, Brasil intensifica fiscalização nas fronteiras
O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira (19) que foram intensificadas as ações de vigilância e prevenção na fronteira com o Paraguai desde o surgimento da suspeita de um foco de febre aftosa no Departamento de San Pedro. Segundo o comunicado assinado pelo ministro Mendes Ribeiro, o ministério "acompanha de perto a situação no Paraguai". O foco da doença foi confirmado na véspera pelo governo paraguaio.
Conforme o ministério, entre as medidas tomadas estão aumento do contingente de fiscais federais agropecuários na fronteira com o Paraguai, colocação de barreiras volantes na região, mapeamento de propriedades de maior risco dentro do Brasil e ações conjuntas com os estados e com o Ministério da Defesa.
Na nota, o ministério diz ainda estar "à disposição do Paraguai para ajudar nas medidas de erradicação imediata do vírus". O Paraguai faz fronteira com os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e Paraná.
"O ministério atua com intensidade, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, para que todo o território nacional seja reconhecido como livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) até 2013", diz a nota.
JBS
A JBS informou, por meio de um comunicado ao mercado, que suspenderá temporariamente as exportações de carne bovina de suas operações no Paraguai. Segundo a empresa, as atividades das duas unidades de abate e desossa de carne bovina da empresa no país vizinho serão destinadas integralmente ao mercado interno enquanto existirem restrições às vendas externas.
"As exportações hoje realizadas a partir do Paraguai serão atendidas pelas unidades da empresa instaladas em outros países, sem que haja interrupção no fornecimento aos clientes", afirmou a JBS. As vendas da companhia no país representam menos de 1% de seu faturamento global, que ainda possui indústrias em nove países, com uma base global de 134 unidades de produção. Essa diversificação está de acordo com a estratégia de ampliação geográfica de suas operações para "evitar riscos ou prejuízos decorrentes de questões sanitárias regionais."
Minerva
O frigorífico Minerva informou que decidiu suspender o abate em sua unidade no Paraguai até que a situação seja "esclarecida e neutralizada".
Segundo o Minerva, a unidade paraguaia representa hoje 5% do faturamento total da companhia. Porém, a paralisação desse frigorífico terá pouco impacto sobre a receita, porque a companhia tem flexibilidade para alocar contratos já assumidos em outras unidades.